[Letra de "Pedregulho"]
[Verso 1: Vácuo]
Sempre chill, grande beat, meu Pedra
Não sou filho da –, porque a life não tem sido materna
Isto é rap, you feel? Sente o skill da fera
'Tou mais ill que a Lauryn
Quantos mics tenho metido na berra?
Quantos cérebros tenho visto com a quebra?
Vou matando tracks, tiros certos
Derivo da guerra
Mando barras pa' quem disse que as pega
Não sou santo, não'stou livre da trégua
Vejo o céu com os pés firmes na terra
[Verso 2: Rilha]
Deixo o meu tag como um vestígio rupestre
De lés a lés, 'tou a trilhar com a sola do pés
Do Barco à Fleuma, eu cá me expresso
No mеu próprio convés
Destreza, a mesma quе me disse "faz", fez-me
Não procuro fãs, mesmo
Atua pureza e na paz vês-te
Incertezas no algodão, hoje em dia virou trend
Mais 7 dias de vida
Manchetes mancham lentes
Que pedras a ti t'atiram, em que areia é que te estendes?
[Verso 3: Vácuo & Rilha]
Faço a festa, deixo o som bater
Nada resta se entro a combater
Sou a besta
Tu, o que se esconde a ver
Não é desta que vou abater o flow que 'tou a manter
Parto a session como o Blasph
É bom saber
Sem pensar duas vezes, avacalho
Avançado, dou trabalho às tuas redes
Nunca falho
'Tou cansado de acabar com vocês
Lancei o álbum há uns meses
Se não ouviste, 'tás à espera do quê?
P'o caralho!
Vim poupar-te trabalho
Alívio à Ramaldense, dou-lhe certinho
Tu não duvides do tralho
Divido rimas com quem atinge o adversário
Ficas fodido por morderes o isco
Figura de otário
Queres ser figura de estilo?
(Queres?)
Dos que exagera no brilho
Traz mais gramagem na página
Brinca com o teu trocadilho
Não fales muito
Sarilho? Espera-te bem de fininho
Resume o ato à mensagem
Seres tu é um óptimo carimbo
Não sou chibo, mas hoje conto-t'um segredo
Sempre foi divertido meter nojo com tudo aquilo que escrevo
Aprecio o degredo
Desde puto vivo às turras com o nervo
Só não percebo como é que ainda me aguento
Passatempo: pisar uvas c'os dedos
Passa o tempo, e com sede, atiro pedras a tudo o que bebo
Dou com a língua nos dentes, e sem medo, 'tou co' Demo
Aponto p'ro futuro c'um dedo (Ups)
E ainda é bué cedo
Tetos de vidro, flores de estufa
Quietos quando ouvirem o som qu'educa
A tinta que pinta os pedregulhos da gruta
Separa o bom do entulho, na confecção que resulta
Pela profissão, não faço rimas
Traço, porque p'lo rap sou ultra
Sai me do peito, meu truta
Durante me'mo a madruga
A gera agrupa de surra e traz conceitos pa' Lua
Sem holofotes, halla aos cops, a ver se a mente desfruta