Vejo a vida a passar
E este mundo a prometer
Uma palavra a não honrar
E ninguém quer saber
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Quando tenho de enfrentar
Quem de mim se foi esquecer
Só me pedem para esperar
Mas não há tempo a perder
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto som, tanto som
Como é que é, essa consciência pesa muito?
Ou foste à igreja confessar, limpar o assunto?
E a esmolinha, caridadezinha, puto
Enquanto passas doucement a perna a outro?
Já viste a ironia de querer que tudo mude
Se nada muda sem que tu, no fundo, mudes?
Não sou melhor, mas já fui pior, eu juro
Até que olhei ao espelho e vi o mal no mundo
A musa dá-me a luz que incendeia a teia
Chuta na veia ideias no meio da pasmaceira
É tipo a Panaceia, aceita
O prometido é vidro se é de vidro o compromisso, amigo
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro
Tanto som, tanto ruído
E o prometido é de vidro