Conto os dias para mim
Com a mala arrumada
Já quase não cabia
A saudade acumulada
Do azul vejo o jardim
Mesmo por trás da asa
Mãe olha à janela
Que eu tou a chegar a casa
Que eu tou a chegar a casa
Que eu tou a chegar a casa
Que eu tou a chegar a casa
Por mais que possa parecer
Eu nunca vou pertencer àquela cidade
O mar de gente
O Sol diferente
O monte de betão
Não me provoca nada
Não me convoca casa
Porque eu
Vim de longe, eu vim do meio
Do mar, do coração
Do oceano
Eu tenho a vida inteira
O meu caminho eu faço a pensar
Em regressar
À minha casa
Ilha, paz
Madeira
Se eu te explicar
Palavra a palavra
Nunca vais entender
A dor que me cala
A solidão que assombra
A hora da partida
Carrego o sossego de poder voltar
Mãe olha à janela, que eu tou a chegar
Por mais que possa parecer
Eu nunca vou pertencer àquela cidade
O mar de gente
O sol diferente
O monte de betão
Não me provoca nada
Não me convó
Um mar de gente
O Sol diferente
O monte de betão
Não me provoca nada
Não me convoca
Casa