Graças a Deus tenho sofrido tanto
Com a sorte que Deus me deu
Nesse mundo ninguém sofre como eu
Também ninguém nunca fez o que eu fiz
Eu fui covarde ao mandar embora
A criatura que me fez feliz
Me deu carinho e eu te dei desprezo
Agora vejo minha vida amargurada
Quantas noites eu durmo na calçada
Imploro à Deus e peço que me dê calma
Sofro calado o castigo que vier
Se eu quiser salvar a minha alma
Lentamente a brisa passava
Congelando o meu corpo cansado
De sereno o meu rosto molhado
Quando vi nos tristes dias meus
Venha de pressa, vem me perdoar
E entregar a minha alma para Deus
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)