Arrasto com os pés o tempo
Prendo-o contra o chão
E tento levá-lo ao meu ritmo
Ao espelho anoto e noto nas mudanças do dia
À espera que o meu corpo deixe de mudar
E agarro as tuas mãos
Como se agarra um segundo
E enquanto adormecemos
Vão-se soltando
E agarro as tuas mãos
Como se agarra um segundo
E enquanto adormecemos
Vão-se soltando
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Quе a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Atravesso lеntamente o atalho na relva
Feito pela pressa ou medo de morrer
E conto as voltas que o meu sangue dá
Esperando que assim não deixe de rodar
E agarro as tuas mãos
Como se agarra um segundo
E enquanto adormecemos
Vão-se soltando
E agarro as tuas mãos
Como se agarra um segundo
E enquanto adormecemos
Vão-se soltando
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia
Que o sangue circule
Que a barriga se encha
Que a mão esteja ocupada
E nunca vazia