Loop orgânico, verso sintético
Antes achava que entedia a causa do meu tédio, remédio
Para dias longos, e falta de grana
Porém o tempo só acontece, não se ambiciona
Tudo muda, pontes pro futuro caem
Quem, e o que se era ontem, hoje já não existe mais
Bati o DeLorean* no muro da nostalgia
Que quando o presente pesa é onde meu eu se refugia
Na busca da identidade, perdi a segunda via
Quem sou, pra onde vou
Não, eu não sabia
Tenho guias, mas não reconheço o cara que fala
A voz que vem da sala, corta a vibe
Quase atrapalha
Fácil se espalha
É necessário brecala
Antes que toque o solo e a colheita acabe contaminada
Conte-me gata, teu gosto, soneto, sonata
Papos de cotidiano, ou idéias abstratas
Tua cor preferida
O teu medo e desejo
Me fala das feridas, que no teu olhar vejo
(ou só, me ouve
Só me ouve, baby)
Esse ano foi um clickbait, quando vivi num era o que prometia
Papo de rap virar, mas.. Eu já sabia
Até, menti em alguns versos
Confesso, não por maldade
Acho que só esperando que se tornassem verdade, talvez
Meu bonde ser bola da vez
E notarem o que ele já fez
Que bom que eu cai na real
Acho que prefiro os reais, mais do que reai$, saca
Sinceridade, nenhum dinheiro paga
Apaga essa parte opaca que priva a liberdade da alma
Te afugenta o quanto antes de águas temerárias, pois
Máus pensamentos te levaram cedo ao Estige
Arranca baby, do teu peito aquilo que te aflige
E vive a beleza dos 20
Ainda temos nossa juventude..