Alkimista
Uma gota de dor
Escorrendo em uma vida de vidro
Ensinamentos obliquos, iníquos
Pensamentos longínquos
A sensação corrói, é espúria, mas é o quê?
Apreensão destrói, imensa, fomenta, fúria de quê?
Revolta explosiva, sim, mas me informe de onde vem
A áurea opressiva é tão uniforme que não sei quem é quem
Não desvendo o manipulador nem o manipulado
Quem manipula a dor, vai vendo é manuseado
Olhe seu puto pra aquele jovem e veja
O monstro que por views cê tá adubando
Só se alimenta de Fox News e Veja
Suprindo a ideologia que na cena tá faltando
Palavras jogadas em curso sem ações são estéreis
Se pá lavram discursos Levianos de Fidélix, Ces
Insanos como o Nero, bolsonetes
Tucanos virem pó pra andar no helicóptero do Neves
O homem se considera superior a natureza
Tendo tudo sujeito ao seu nome
Desmata para fazer cédulas e de forma incoesa
As cédulas passam a valer mais que a vida do homem
Tô cansado disso e objetivo minha revolta
Ou o gigante acorda e põe no próprio pescoço a corda
Concorda? Se discorda, não dê corda ou será encordado
No cordel da reviravolta
Corta!
Já senti o peso do céus
Mas, não morrerei por esses réus
Devolvam os meus dias, minhas alegrias
Minhas sendas de mel
Consenti, incoeso virei réu
Entreterei moralistas de bordel
Minhas antologias e apologias, sujam as
Poesias no papel
Votagus:
Ela apareceu em sonho
Dizendo que se desfez em pedaços pra poder me ajudar
E que agora já é hora de voltar pra margem
Pra recolocar as coisas de volta no lugar
Porque agora eles me olham diferente, dizem que eu tô diferente
É, agora me olham com medo
E eu botei um medo nos meus medos
Depois que eu estive no inferno, eu nunca mais fui o mesmo
E eu vivo tendo memórias de outra vida e lembranças de outra vida
E pagando alguns pecados de outra...
Ensinamentos vindos de outra vida fi
Porque eles nunca entenderam que essa é a vida após a vida
Entre juízes e réus aos céus, entre juízes e réus
C'est la vie, deja vu
É o eterno retorno da rotina
Nós somos luzes na escuridão e a sombra na neblina
Enxergue por trás da cortina
Porque esse cinza da rotina é mesmo cinza da retina
Entre juízes e réus aos céus
São capazes de julgar qual alma vai entrar pro céu
Entre juízes e hells bells
Catando os cacos sobre o que sobrou do céu
Mas são
Alegações da minha alegora
Exaltações da minha fantasia
Dementadores da minha alegria
Então, acrobata sorria