[Verso 1]
Na rua onde mora o meu país
Mora a tristeza
O vizinho que diz ser feliz
Não tem a certeza
A rua onde mora o meu país
Podia ser aquilo que quis
[Refrão]
Até que um dia
A rua ficou vazia
E quem lá não mais vivia
Morreu onde dormia
[Verso 2]
Já não vive o aprendiz
Na casa da censura
Na rua onde mora o meu país
Há muito que a dita dura
A rua onde mora o meu país
Que podia ser aquilo que quis
[Refrão]
Até que um dia
A rua ficou vazia
Quem lá não mais vivia
Morreu onde dormia
[Outro]
Posto isto e uma vez que por aqui se apela à mente
Resta-nos então a dúvida
A dúvida que pеrmanece entrе os cidadãos da rua
O que se mantém entre nós?
Já que a luta que continua não saiu à rua
Onde estará então a morte em questão?
Na minha ou na tua?
Que rua será esta num país que avança e recua?
Terei algo para oferecer de novo?
Terá de ser algo que diminua ou que contribua?