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Andre Young Bra - Soquei Meu Sogro Na Ceia De Natal Lyrics

[Letra de "Soquei Meu Sogro na Ceia de Natal"]

[Intro]
Eu vou tentar ser breve no relato
Mas tem coisas que eu tenho que explicar senão o resto não faz muito sentido
Namoro com ela há um ano e quatro meses
Nesse tempo fui na casa dela umas dez vezes no máximo
Passando sempre menos de meia hora
O motivo? O pai cuzão

[Verso]
Mas quando eu falo cuzão, é cuzão mesmo
O cara sempre me esnobou
Das vezes que a gente se cruzou
O maluco fez questão de me fazer eu me sentir um merda
Me humilha, me tripudiar
Além do fato de eu comer a filha dele
O outro motivo pelo qual ele me odeia é aquela clássica diferença de classe
Quem já assistiu alguma das trinta temporadas de malhação manja como é
Eu não sou pobrão master
Mas meu trabalho não é lá essas coisas
E eles são de família rica
Gerações e gerações de engenheiros e tal, rios de grana
Como a filha dele foi se apaixonar por mim? Outros quinhentos
O maluco achar que eu to ali por causa do dinheiro já é um motivo escroto
Tendo em visto que a filha é linda
Até se fosse favelada eu olharia do mesmo jeito
Mas porra, faz mais de um ano
Custa o maluco levantar bandeira branca e ficar em paz?
Explicada a situação, vamos aos fatos
Minha família foi viajar pra casa de uns parentes
E eu trabalho, não pude ir
Quando você namora e sua namorada não curte seus amigos Inevitavelmente você se afasta dos caras, é o famoso "ou eles ou eu"
Sem família, distante dos amigos, não tinha outra alternativa a não ser ficar com ela.
Eu odiei a ideia, lógico, mas ela insistiu
Disse que não tinha problema e que tudo ia acabar bem
A mãe dela não é necessariamente uma perua rica
Sempre me tratou com educação
A mesma educação que ela tem com os empregados, mas ok
Ela tem uma irmã também, mas é adolescente rica
Não esboça emoção, não é gata e não faz diferença
Só citei porque ela também estava na mesa
Agora, a treta
Vamo' pular pra ceia
’Cês já podem imaginar que o sogrão "gente boa" além de não olhar na minha cara
Fez questão de mandar indiretas, a fim de humilhar este bosta que vos fala
Começou aquela palhaçada depois da meia-noite
Começou o que eu vou chamar de rage time
Primeiro rage time, a empregada servindo todo mundo
Chegou minha vez ele interrompeu a mulher
Falou pra ela deixar os negócios em cima da mesa lá que eu sabia me servir sozinho
Que tava acostumado com self-service
Imagina aí já minha cara de lixo
Minha namorada, que não enfrenta o pai
Fez um olhar de tristeza e me serviu
Eu pensei em outras coisas, tentei relevar
Segundo rage time, meu telefone tocou
Minha mãe querendo dar feliz natal
Eu fui atender na inocência, ele deu um soco na mesa
"Você não sabia que isso é falta de educação, não? Malandro"
Essa até minha mãe ouviu
Aí eu levantei da mesa e fui falar com ela
Voltei, ele tinha tirado meu prato da mesa
A essa altura, cês' já imaginam o quão puto eu tava
Foda-se a ceia, foda-se tudo, nem fome eu tinha mais, mano
Minha namorada empurrou discretamente o prato dela pra mim
E disfarçando perguntou quem era, falei baixinho que era minha mãe
Rage time final, o filho da puta tinha que fazer piadinha com a minha mãe né, cara
Quando ele ouviu, ele fez o comentário, dessa vez direto pra mim
"E a patroa da sua mãe deixa ela ligar pra celular?"
"É muita folga, aqui empregada folgada assim comigo se ferra"
Não dava mais, mano, eu ia me sentir um bosta pro resto da vida se eu não quebrasse os dentes daquele maluco ali mesmo
Tá bom que ia acabar o namoro
Tá bom que eu também podia apanhar
Que ia acabar com o natal da família
Mas ofender assim alguém que nem tá ali pra se defender
Alguém que eu sei que dá um duro do caralho pra viver ser motivo de gracinha pra aquele lixo de pessoa
Eu toquei o foda-se
Eu não lembro exatamente as palavras porque eu tava muito nervoso mesmo
Mas foi mais ou menos isso
"Escuta aqui ô seu monte de bosta"
"Você querer tirar com a minha durante um ano já é motivo pra eu te quebrar agora"
"Agora, ofender a minha mãe sem mais nem menos"
Nesse momento ele me interrompeu
Simplesmente gritou
"Fala baixo, seu favelado"
E jogou um copo em mim, pegou no meu braço
Mano, imagina o caos que tava essa mesa
Minha namo' tentando me segurar, a esposa puxando ele
A outra louca chorando e eu naquele ódio disposto a matar ele ali mesmo
Ele veio dando a volta na mesa igual um touro pra me pegar
E eu tava firme encarando ele
E enquanto ele vinha
Eu vi a janela da sala de jantar grande de fundo
Eu vi o que parecia ser uma aeronave não tripulada pequena passando rápido
Logo atrás uma espécie de exoesqueleto metálico armado com uma metralhadora
De repente, um estrondo ensurdecedor seguido de um clarão
Era o início da era das máquinas