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Andrew Okeefe - Abrigo Lyrics


Àqueles das próximas gerações que talvez lerão esta crônica como uma mera fábula infantil e não uma crítica social.

Sumário:

Prólogo
Parte I: A Cor Carmin de Alizarina
Parte II: El Suicidio De La Madre De Todos Nosotros
Parte III: O Epicédio
Parte IV: A Pira
Parte V: A Dança dos Malhetes I
Parte VI: A Dança Dos Malhetes II
Parte VII: O Purgatório
Parte VIII: Agonia No Gêtsemani
Epílogo

Prólogo:

— Adão é a prova vida de um ser condescendente, com opulência no coração e tirania na mente, rezando ao altar e aos retratos sacros de si mesmo.

Parte I: A Cor Carmin dе Alizarina

À deriva em meus dеvaneios, lá estava eu, tragando o varejo do cigarro mais barato do armazém, equilibrando-me às beiras dos peitoris de um vicariato enterraçado a oeste da retrógrada Cidade das Atrocidades. -- onde o sol aurélio nunca brilhava. -- Quando de repente testemunhei um filhote de faisão emplumado de ouro, refletindo à incandescência da pálida lua minguante.

Cativado à caligem, estupefato pelo luar cinzento; estafado e horrorizado pela incerteza da morte; o faisão rastejava pelo telhado empalhado de uma casa à victoriana abandonada, à distância de dois quilômetros do abismo onde eu estava. -- procurando uma espécie de abrigo situado na metade do caminho para o cume. -- porém não demorou muito até que uma beligerante ave de rapina colorisse o frágil faisão em Carmim de Alizarina, como uma pintura à óleo de Ofélia, morta, flutuando sobre a poça do seu próprio sangue. -- o telhado estava revestido de carcaças dos mais variados tipos., espalhados por toda parte., traçando uma trilha curvilínea até o abrigo intangível onde nenhum deles jamais pisou e jamais pisará.
“Oh, meu querido, querido faisão! A se eu pudesse voltar no tempo e salvar a vossa vida do perigo ignoto desta cidade, porém o porvir é incerto; a se eu pudesse embrulhar-te nessa pele causticante minha e no silêncio cantarolar cantigas de ninar até a vossa mercê cair nesse sono eterno seu; a se nós pudéssemos viver o epílogo da sua vida efêmera e pacata nessa estação ferroviária, até o vagão da morte chegar e levá-lo para longe de mim, é inquestionável que se pudéssemos o vosso desfecho calamitoso teria sido propício. Voe em paz, querido.” murmurei à medida que as minhas lágrimas de sal escapavam gota a gota das orlas dos meus olhos marítimos.

Parte II: El Suicidio De La Madre De Todos Nosotros

Um dia, no silêncio de uma noite tépida, avistei -- espichado em meu leito solitário -- à teofania de Madame Esperança, a mãe de nós todos, encostada na parede à esquerda guardando-me as costas, voluptuosamente envolta em uma camisola esvoaçante de cetim cor lápis-lazuli, tão estupenda quanto o brilho azulado do Diamante Hope.

“Ouça-me, querido Adão, ouça. A liberdade é uma espécie de religião não ortodoxa constituída sobre o amor e não sobre o medo, onde temer é uma blasfêmia, onde temer é um pecado mortal. Mas pelo menos parte desse pecado é o suficiente para guarnecer cada fibra do seu corpo retilíneo com fúria e fogo, diante dessa odisséia árdua em que você se encontra. ” sussurrou persuasivamente, Madame Esperança, suas palavras inerrantes através da brisa frígida de Nova Iorque. -- acalmando o mar tempestuoso de dúvidas em minha mente dilacerada pela minha guerra interna -- A retórica era o seu florete de aço valiriano e ela lutava como o mais assertivo dos sofistas.

“Um banquete de medos sem dúvida proporcionou a Gilgamés, um rei de Uruk da antiga Babilônia, dias e noites de resiliência à procura da sua imortalidade intangível, até o conformismo matá-lo. ”

“A liberdade é uma espécie religião em que seus devotos peregrinam, pelas margens fronteiriças contíguas àquela cidade antiutópica, com os seus pés descalços traçando passos errantes, --- alheios aos obstáculos ao longo do caminho -- abstraídos a busca eterna pelo abrigo longe das fábricas de estereótipos e dos maçantes mascates de falsas dicotomias., em busca eterna por um progresso utópico que talvez seja ainda uma ideologia.” ela concluiu.

"Mãe ..." respondi sadicamente envolto aos meus cobertores flácidos, agarrando-os veementemente, incondicionalmente amedrontado. "Eu, Adão, primeiro de meu nome do pó fui formado para lavrar e guardar a terra do meu pai. Do pó fui formado para vestir a coroa da iniquidade, ou pelo menos me apossar de seu poder, e eu irei!"

Posteriormente, testemunhei à silhueta de Madame Esperança caminhando despretensiosamente em direção a janela ao lado, passo a passo, e então despenhando-se do andar mais alto do edifício Hemisphere House. -- onde eu morava naquela época -- E inopinadamente metade daquele que eu costumava ser havia se desintegrado pelo ar, agora ardente, para o todo sempre. Apagado da matriz, no entanto, só mais uma figura mitológica perdida na história. Assim, comecei a ruminar sobre a minha própria existência.

Parte III: O Epicédio

“Amada mãe, a ti banho minha pena de corvo em um frasco de tinta preta e componho meticulosamente o epicédio mais tétrico e melodramático de minha autoria, ajoelhando-me combalido, diante da sua pira flamejante enquanto o fluxo de lágrimas de querosene escorre pelas minhas bochechas de escarlata veneziana -- corroendo o amargor da minha pele, a fim de saciar essa dor peçonhenta que espreme o meu coração moribundo em seu punho de ferro, tão rigidamente quanto o nó Lais de Guia de um marinheiro.

“Ó dócil assassino em série, autor do massacre das minhas viçosas esperanças! Juro solenemente continuar vigente, sadio e perspicaz até o fim dessa minha odisseia na terra. Je t'aime mamãe, adieu. Descanse em paz.” Compus o elogio como se os meus sentimentos lacrimosos fossem frutos insalubres da maiêutica das minhas ideias esdrúxulas, ou seja, uma obra expressionista minha.,

Parte IV: A Pira

“Por que a vossa mercê me deixaste à beira da calamidade quando eu mais precisei do vosso colo, minha querida? Agora velejo, só, pelos mares baldios das minhas incertezas à mercê do seu astrolábio biológico, enquanto as chamas tremulantes da vossa pira mastigam e deglutem cada átomo pertencente a ti.”
Parte V: A Dança dos Malhetes I

“Mãe, eu sou a katana de gumes talhantes que cravou-se naqueles faisões erradios, assim findando as suas vidas errantes num instante. -- aquele contra quem seus pais juraram vingança. -- Mãe, sou um mero abutre patife numa miríade de abutres alardeando pecados, fincando as minhas garras pontiagudas em meu tronco, na tentativa cruenta de arrancar costela por costela de meu esterno; como prelúdio para estacar e assim libertar esse meu coração lôbrego como a noite, cuja raiva mantém refém pulsando contra a minha caixa torácica. -- abstido de amor, abstido de calor.”

“Ó minha mãe, pranteio-te as minhas atitudes execráveis, às meias-noites e aos meios-dias, pois alimentei-me das mocidades pertencentes àqueles faisões, -- e dentre outras criaturas enigmáticas -- a fim de saciar esse apetite voraz semeado nos prados do meu estômago. Devorei-os como carnes pútridas e assim o fiz com os seus sonhos infantes, como se fossem carniças escassas abatidas após uma carnificina.”

Parte VI: A Dança Dos Malhetes II

"Basta! É errôneo eu submeter-me a pular de esconderijo em esconderijo e chamá-los de lar, doce lar. Devo confessar-me, render-me, ajoelhar-me sob uma guilhotina e sentir a sua lâmina losangular atravessando a minha garganta.”

“Morrer para viver ou viver para morrer, eis a questão. Talvez eu esteja fadado a viver neste estado perpétuo de medo, a ser algemado pelos Pinkertons, sentenciado à morte no tribunal da vida pelo supremo pontífice e subsequentemente ser executado pelo Senhor Todo-Poderoso, devido essa minha devassidão. -- até a criança mais castiça, desdenhosa das trivialidades que a circunda, teria motivos idôneos para. -- No entanto, confinado a este cadáver, deito-me em meu leito de morte à espera da dança dos malhetes.”

Parte VII: O Purgatório

MÃE, EU PREFIRO O PURGATÓRIO À VIDA
MÃE, EU PREFIRO O PURGATÓRIO À VIDA
MÃE, EU PREFIRO O PURGATÓRIO À VIDA
MÃE, EU PREFIRO O PURGATÓRIO À VIDA
MÃE, EU PREFIRO O CIANETO À VIDA

Parte VIII: Agonia No Gêtsemani

“Talvez soe clichê, porém errôneo é escapar de sempre ter sido, embora tu olhaste para o seu eu interior eloquentemente à procura de subterfúgios fúteis para. Siga-me que eu vos guiarei pelo trajeto de volta ao abrigo, o trajeto de volta a vossa casa.”

“Portanto, querido Adão, nunca diga-me que tu preferirias o purgatório à vida.” escoou uma voz etérea dos cosmos, -- a voz pertencente a minha amada mãe - induzindo-me atravessar a soleira entre à inóspita Cidade da Atrocidades e Getsêmani, para chorar e suplicar em agonia -- como a Virgem Maria retratada em La Pietà -- ao Todo-Poderoso pela minha MENTE LEVIANA, ou seja, pela minha casa; o tão aclamado abrigo, a casa à victoriana., o lugar onde sempre estive e sempre estarei.
Epílogo:

“FINALMENTE, sinto-me livre novamente. Ó céus, eu estou ... livre.”

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