O que você chama de amor
eu chamo de conveniência
O seu amor é dependência
e o meu rancor é poesia que não me alimenta
mas que minha calma sustenta
Seu crime é sua sentença
e culpa minha...
Mas vou criar outra "você"
ousadia
Depois voltar para te perder
todo dia
Um velho livro para reler
que alegria... que alegria
Me diga: no fim quem errou?
O "certo" é uma rua estreita
e a sua alma imperfeita
não é pior que a minha
que não se endireita
que o que não sente, inventa
Espero que você entenda
"te amo" não é "bom dia"
Ter que criar outra você é covardia
Devolva os dias que eu te dei de alegria
Pague com mais um dia seu
meu
Ver você sarar
Tudo em seu lugar
Trate de esconder
O que for de lembrar
O que eu não vou te dar
E tudo o que eu não dei