Vivi sem viver por um tempo
O tempo que era amarelo, e lamento.
O preto da grade, o cinza do muro
Não era tempo
Amarelo não era o tempo
E lamento
Azul é tempo que não é tempo
Amarelo negro tempo, que sem tempo,
Escurece o tempo
Sem tempo de viver
O marrom amar
E deixar vermelhar o lacrimejar do peito
E não sentir a dor deste negro tempo
Pois nem deixou de ser amarelo, o tempo.
Beber todo vinho do tempo
Se afogar no marinho cinzento
Sem pena violentar o branco
E manchar o sentimento
Porque o amarelo não tem mais tempo
De ser o tempo, de quem precisa só,
Amarelar seu tempo.