A palavra sai e inunda
No silêncio desespero
Esses teus traços escritos
Refletem-me no espelho
O meu semblante já não diz o que eu sinto
E nesse instante admito
Que minto
Os móveis parados
Olhar em movimento
As luzes fitando
O caos que alimento
Não há onde se esconder
Quando o refúgio te persegue
E toda dor, toda dor
Tende a crescer
Se você permanece entregue
Quando componho sei
Que o meu canto te invade
E por isso eu canto
Por isso eu grito
Despindo a vaidade
Fermentando o ser
Acalentando os ouvidos
Eu luto pra deter
O insistente assombra o vivo
Não há onde se esconder
Quando o refúgio te persegue
E toda dor, toda dor
Tende a crescer
Se você permanece entregue