Por mais dura que possa a beleza ser
Pela ternura que brota no findo prazer
No íntimo que não se pode estabelecer
Na nova luz que teima em se acender
Nos sons em que me repito
Permito insinuações
de trilhas, acessos aflitos
aos tons de suas canções
Flores e cores, dores, amores
canto grave, sinto grave
zonas baixas da voz que zela por nós
Por mais clara que se faça a noite
Por mais óbvio que possa o sonho soar
Não sou o primeiro, tão menos o último
Que teus imensos códigos tenta decifrar
E em tempos de carestia e medo
Em fartos frutos se me oferece
Repleta de fragante zelo
A musa que em frente a mim floresce