Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Eu sou Maria, Mariana, Madalena
Se quiser, faço a cena
E você doa o que doer
Sou Beatriz, viro atriz
Eu sou Helena, vejo que desde pequena
Não consigo me esconder
Eu viro virgem
Viro Santa, na garganta
E o que encanta
É que aquilo que quiser consigo ser
Só não me bote em um lugar que não pertenço
Que essa luta sempre venço
E quem perde é você
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Fui perseguida
Muitas vezes escondida
Sou pagã e aparecida na fogueira do saber
Eu sou cigana
Minha alma que proclama
Nessa guerra sou Joana
E as correntes vou romper
Imaculada posso ser crucificada
Se me veem como culpada
Nada eu posso fazer
Só não me bote num lugar que
Não me cabe
Não me rendo, e você sabe
E de novo, eu vou dizer
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar
Você me bote em qualquer lugar
Na prateleira, cama ou altar
Só não me bote
Num lugar de louca
Que eu viro outra
E posso machucar