Tem dia que as folhas são cinzas
Os cacos de vidro na esquina
Me fazem pensar em ruínas
E como laços
Sou fraco, frágil e imoral
Tem dias que as pilhas são tintas
E o entulho que deixam na esquina
Só me faz tolerar a rotina
E como traços, borrados
Empilho o que sobra
Nos sobra um abraço
Aperta no peito a saudade
Faz parte é verdade
E é distante também
Aperta no peito a saudade
Faz parte é verdade
E é distante porém
Espero conciliar os erros
Tem dias que as flores
São dores
E os isqueiros perdidos na trilha
Só me deixam a par da rotina
E como braços cansados
Estico, que restam espasmos
Aperta no peito a saudade
Faz parte é verdade
E é distante também
Aperta no peito a saudade
Faz parte é verdade
E é distante porém
Espero conciliar os erros