Moça, a liberdade na verdade
é aquela parte que você não viu
Da filosofia descabida, proibida
pervertida que diz quando dizer não
Moça, não alimente aquele monstro horroroso
que lhe destruiu
A esperança de quem sabe sonhar
é ser livre para dizer não
Seja mais que isso
que eu vou lhe mostrar o que eu não sou
O pai, a mão, o sangue
o filho, eu sou, eu não sou, eu sou
Moça, a curiosidade matou o rato
matou o gato e descobriu a luz
O fim do túnel sempre ao anoitecer
se confunde com a escuridão
Moça, a felicidade na verdade
é aquela parte que você não viu
Da poesia metafísica
da epistemologia do saber e dizer não
Seja mais que isso
que eu vou lhe mostrar o que eu não sou
O pé, o pão, a carne, o vinho
eu sou, eu não sou, eu sou
Ah
Eu não sou
Ah
Eu sou