Burburinho d'uma rua.
Lá em cima cor de da cor correr.
Os espelhos diferentes desses filhos de sua cor.
Aqui o tempo vale um pé de flor, mas flor é quase dissabor.
Que medo de seus lábios.
Terra estranha onde eu não sei ser.
Não me olha com esse gelo no olhar
porque eu não sou um homem daqui
pra saber a hora de poder respirar
e as coisas que se deve engolir.
E se eu vir pra que serve o ardor,
pra que serve o correr, veria eu tudo, ou não seria mais eu?