Deixei a porte entreaberta
Deixei que a mágoa à sorte pudesse entrar
Na vida só a morte é certa
Mas ou seja sou intemporal
E não tenho lugar
Deixei que os sonhos se emaranhassem
No novelo das desilusões
O fio o condutor pediu-me a mim
É linha de terra perpétua dando um enorme preceito
Refrão
Não, não vou deixar de ser
Assim como vês
Estou triste e contente
Ora mando em ti
Ora estou a teus pés
Calado eloquente
Sou nada
Sou gente
Invento
Transformo e grito cá dentro
UHUH
UHUH
Deixei os problemas no portão da rua
E o fado que me fazias carregar
Esse é o vício que perdura
Como se já não chegasse
Eu não consegui mudar
Refrão (x2)
Não, não vou deixar de ser
Assim como vês
Estou triste e contente
Ora mando em ti
Ora estou a teus pés
Calado eloquente
Sou nada
Sou gente
Invento
Transformo, grito cá dentro
UHUH
UHUH