Racionais MC's, uno de los grupos más influyentes y respetados del panorama musical brasileño, tuvo su origen en los barrios periféricos de São Paulo en 1988. Conformado por Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira), Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edi Rock (Edivaldo Pereira Alves) y KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões), este cuarteto utilizó el rap como medio para expresar las luchas y aspiraciones de la juventud negra y pobre del Brasil urbano. Desde sus inicios, su mensaje directo y potente capturó la atención de quienes buscaban una representación auténtica en la música.
En 1988, el grupo lanzó su primer EP titulado 'Holocausto Urbano', con una estética cruda y letras poderosas. Este trabajo inicial marcó el comienzo de su ascenso en la escena del rap brasileño. Sin embargo, sería su segundo álbum, 'Raio X do Brasil' (1993), el que los catapultaría a la fama. Con canciones como 'Fim de Semana no Parque' y 'Homem na Estrada', Racionais MC's empezó a ganar una base sólida de seguidores.
En 1997, Racionais MC's lanzó 'Sobrevivendo no Inferno', un álbum que se convertiría en un hito no solo en la música rap, sino en la cultura brasileña en general. Temas como 'Diário de um Detento' y 'Capítulo 4, Versículo 3' no solo fueron enormemente populares, sino que también recibieron elogios por su profundidad y crítica social.
Este disco, que alcanzó ventas multimillonarias, consolidó a Racionais MC's como la voz de una
Ver BiograFia Completa
Foi a escolha que eu fiz
Agora o sangue que escorre não apaga, não é giz
Eu vacilei, não olhei
Tinha um pé ali atrás no balcão quando enquadrei
Entrei suando, era a deixa
Cada, cada prejú, o seu é a queixa
Eu me fodi de verdade, se pá não vai dar
Não vou ver nem as grades
Que merda é essa que eu fiz
Eu não ouvi o meu parceiro como eu ouço o juiz
[Infeliz]
Respire fundo, otário
Violento e desnecessário
Dói pra caralho e agora não é hora de rezar e brisar
Louco, deixa de história!
Tem que ser homem, ladrão
Mesmo sendo massacrado no chão, né não?
Pelo barulho da moto
Aquele filha da p... me deixou feio na foto
Volto, com a prova do crime na mão
Mano, to precisando de mais um pulmão
Com vinte anos apenas, nunca dei orgulho
Só acumulo problemas
Ao menos não arrastei ninguém
Se eu for pro túmulo é o mínimo que se espera de alguém
No chão por alguns reais
Missão de risco, ousadia
Sabia, mas fui incapaz
De ter a calma, planejar o esquema
Agora jaz, não da mais, sou refém do sistema
Pela sirene fudeu
Arrancaram o capacete, um povinho me reconheceu
Cuspe na cara, chute, algema
Pior que bicho, lixo arrastado, mó cena
Se um datena filmar...
E a minha estrela brilhar...
Eu morro feliz
Vilão, vagabundo, foda-se o que esse porco diz