[Estrofe 1: Jorge Fernando]
Porque é longa a minha sede
Trago a alma insaciada
Uma voz sem tom nem tempo
Age oculta p'la calada
[Estrofe 2: Amália Rodrigues]
Sou a solidão do tempo
Quando o nevoeiro cerra
Sou a estranha flor ao vento
No esquecimento da terra
[Refrão: Jorge Fernando]
Num intenso gesto de alma sou
Esta pena de me achar tão só
Tanto e tão pouco
Ai vida, ai vida…
[Estrofe 3: Amália Rodrigues]
Porque é longa a minha sede
Busco a fonte desejada
Como a voz sem tom nem tempo
Que se oculta em mim calada
[Refrão: Amália Rodrigues]
Num intenso gesto de alma sou
Esta pena de me achar tão só
Tanto e tão pouco
Ai vida, ai vida…
[Conclusão: Jorge Fernando e Amália Rodrigues]
Ai vida, ai vida…
Ai vida…