Um dia para espanto da aldeia
Uma semente crescia
No ventre de Itaci, filha de Ambori
Tuchaua da tribo Manao
Envergonhado resolveu
Pela raiz cortar o mal
Mas num sonho
Um caruana vem contar
Isso é coisa de Tupã
Fruto de alimentar
E aí nasceu mani
Tão branca como a luz da Lua
Uma menina esperança
O florescer da agricultura
Mas o destino quis
E ela foi embora
O corpo numa igaçaba
No terreiro da maloca
Mani foi enterrada
Depois de muitas luas, Sol e chuva
Uma raiz brotava
Rala, rala mandioca
Espreme no tipiti
Hoje tem farinha d'água
Tapioca e tucupi
Vem amor
Vem cantar
Na farinhada
Os piratas vão passar