No tempo do cativeiro
Negro penava todo dia, o ano inteiro
Trabalhava duro pra valer
Tinha que se virar pra não morrer
Na tristeza da senzala
Recordava sua terra africana
E pedia ao Orixá
Pra ficar livre daquela vida tirana
Oxalá, meu pai
Tem pena de mim, tem dó
Oxalá, meu pai
Não me deixe só
Oxalá, meu pai
Tem pena de mim, tem dó
Oxalá, meu pai
Não me deixe só
Hoje tudo isso é passado
E os piratas vêm cantar na avenida
O negro foi libertado
Desde os tempos do reinado que ele vive a sua vida
Com ele, toda uma cultura
Grandes cultos e figuras engrandecem o país
E neste carnaval bem brasileiro
O negro se mostra inteiro no seu culto de raiz
Mesclando candomblé e capoeira
Sambando a noite inteira
Mostrando o que é ser feliz
Ê negro ê
Preto velho no gongá
Saravá, povo de mina
A bênção, meu Orixá
Ê negro ê
Preto velho no gongá
Saravá, povo de mina
A bênção, meu Orixá