Eita sumano, ai que bom, ai que bom, que bom de provar
Eita sumano ai que bom, ai que bom que é o Macapá
Oxente chegou o glorioso imortal
Da zona sul é o rei do carnaval
Puxa o fole, sanfoneiro
No balancê arretado
Vem brincar no cordel
Todo azul e dourado
Ô luar clareia
Feito fogueira a imaginação
Muito longe do nordeste
Um imperador cabra da peste
Inspirou o meu torrão
Da idade média a lembrança
Com doze pares de França
A luta do bem contra o mal
Olha, seu moço
Foi num mar de poesia
Que aventura e bruxaria
Viraram história pra contar
Na terra seca o dragão é carcará
Corre que lá vem ele
O majestoso Piratão
Cangaceiro valente
Forte igual Lampião
O violeiro cantou
Os versos do trovador
E a cavalhada virou festa e tradição
Pelo Brasil
Se espalha o causo popular
Nas xilogravuras
Contos e lendas do lugar
Desaguam memórias desta lida
No rosto já marcado um serão
Vi reis e rainhas de um povo
Gente de fibra mudar o meu chão
No Amapá a esperança
Fez asa branca pousar
Se avexe não, viu?
Se avexe não
Nesse arrasta-pé vai ter samba e baião