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Monkeysgang - Equidade Lyrics

(Bortô)
Classificações dentro de prisões
que segregam nossas orações
nossa dor narrada em canções
nossa carne fraca impondo as decisões
que no final das contas regem todas as contradições
Somos iguais, semelhantes, parentais
não honramos essa troca constante de mães e pais
em termos de paz, lutamos para consegui-la
mesmo que pra isso modifiquemos a estrutura da fila

Segregados em mansões, aglomerações
não remetem a união
e a forte dor de João também pertence a você
difícil compreender, pra quem viveu a vida toda
no escuro, na angústia, retalhado e sem saber

não nos reconhecemos, o desenvolvimento
vem voltado só pra si
quem dera a tal ciência nos tornasse mais unidos
pra quem o peito está perdido
uma nave é o que?

Ruas vazias e sentenças definidas
trancafiamos a nossa raça
como uma única saída
manchamos nossa divina capacidade
nos limitando a construções que não revelam a verdade
da imensidão que podemos ser, e ser significa algo simples

aos olhos de quem vive entendendo a relação
que estabelecemos pro bem, a grandiosidade de amar
e não ser um refém da cegueira que, assola o novo tempo
já não somos mais atentos, rotinas e contra- tempos

afastamos o que temos de singelo e divino
os olhos de uma criança e o amor em seu sorriso
erramos e concordamos, culpando o pobre destino
que nos reservou uma imensidão de luz e paz no paraíso
cruzamos tantos caminhos, matamos os inimigos
em falas, em tiros, em tapas, em gritos

a alma pede conforto enquanto o corpo descansa
da dança, que a vida pede aguardando minha vingança
pedi a quem devia um pouco de entendimento
pra concluir o questionamento da nossa adaptação
estamos tão longe da força de uma união
peço calma no desespero, mais paz no vilarejo
pra não fugir dessa prisão
(Tellumi)
Buscamos a igualdade em textos iluminados
tão longe de nós mesmos
humanos aprisionados
reféns dessa cegueira com a oferta desse mercado
transformando as pessoas em ricos ou segregados

Nascemos de famílias diferentes
Níveis de educação oportunidades e mentes
Ensandece o pensamento com a fome da minha gente
Somos todos livres ou presos ao aparente?
Quem nós somos?

No início somos luz ser humano no ninho
O que difere a madame do mendigo?
Poder aquisitivo, bens do consumismo
somos só tecido Nós perdemos no caminho

A carne é fraca
nada devolve pro pente a bala
a solução para termos de fato as igualdades
somente oferecendo iguais oportunidades
vivemos no pecado, adaptabilidades

Artigo 5° da Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988: Todos são iguais perante a lei
sem distinção de qualquer natureza
garantindo-se aos brasileiros]
e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito
à Vida, à Liberdade, à Igualdade
à Segurança e à Propriedade"