Anlhons
Que se os canons do Sil ou as Fragas do Eume,
A pesca no Ulha ou o aroma do Lerez,
Algum poeta a recitar nas beiras do Sar.
O rio Minho é umha recua de regatos e afluentes,
Os que vam para Asturias coma o Navia e o Eo.
Do Jalhas vês no Ézaro, a fervença dende o mirador.
Pero há um rio que se marginou, nem Dios conhece o Anlhons.
(Nem Dios o conhece, o outro dia perguntei-lhe a minha mai e nom sabia que rio era. Explico-vos)
Sai da serra de Montemaior,
Perde-se no Verdes e no Anhom,
E vai morrer ao mar na ria de Laje e Corme.
É um referente no labor da “contraminaçom”,
Busca purificaçom,
E rega as terras da comarca de Bergantinhos.
É que é um rio que se marginou, nem Dios conhece o Anlhons.
Com essa fonética vai conquistar a um povo com colhons.
Basta já de falar sempre dos mesmos putos rios,
A rebeliom começa por gabar-se dos cativos,
E há que remediar umha errada educaçom fluvial.
Que merda lhes ensinam aos rapazes nas escolas,
Se nom sabem o nome do rio que mais mola,
Começa um tempo triunfal, co Anlhons de emblema nacional.
É que é um rio que se marginou, nem Dios conhece o Anlhons,
Sai da serra de Montemaior, (É que é um rio que…)
Perde-se no Verdes e no Anhom, (se marginou…)
E vai morrer ao mar na ria de Laje e Corme. (nem Dios conhece o Anlhons.)
O esteiro é tam fermoso, (e que é um rio que…)
Deixara-te sen respiraçom, (se marginou…)
Eu nom sei nadar, pero aprenderia no Anlhons. (nem Dios conhece o Anlhons.)
Anlhons… Carvalho mola mogolhom.