Lava o seu pé direito, indeciso
Sopé de um vulcão
Adormecida como lava
Primeiro, a lâmina
Lisura tem quem liso é
E nada aconteceu
E faz tanto tempo
E faz, faz tanto tempo
Depois, a mão como a maré
Lava incandescente o prato sujo
Que horas são?
Aborrecida, já foi lava
Primeiro, a faca
Um corte fundo, trapalhão
Depois, a mão já é maré
Para quê nadar se tudo afoga?
Para quê esperar se ninguém vem?
A mão como a maré
A mão como a maré