Desde o tempo de criança
Paulo e Rosinha se amava
Os dois pequeno jurava
Que haviam de casá
Mas a véia, mãe do moço
O namoro não queria
Todo o possive fazia
Pro casamento evitá
Porém a mãe de Rosinha
O casamento queria
Pois vivia só com a fia
Era viúva há muito tempo
O rapaz arresorvido
Martratou sua mãezinha
Vou me casá com a Rosinha
Sem o seu consentimento
A pobre véia chorando
Para o seu quarto correu
E uma carta escreveu
Um veneno ela bebia
Noutro dia acharo o corpo
Tendo a carta do seu lado
Ficaro tudo pasmado
Lendo o que a carta dizia
("No tempo da mocidade
Amei um home casado
Era um segredo guardado
Que do peito hoje sai
Fui contra o seu casamento
Porque só eu que sabia
Que vancê e Rosa Maria
São fio do mermo pai")
Noutro dia da capela
Um caixão roxo saía
E de longe se ouvia
O triste dobrar do sino
Naquela pobre paióça
Um finar de amor tão triste
Nunca se sabe o que existe
Entre nós e o destino