Bem perto do meu ranchinho
Lá no arto do espigão
No fim daquele caminho
Esquecida lá no chão
Toda coberta de mato
Uma cruz lá no sertão
Eu também vivo esquecido
Junto à cruz da solidão
No mundo vivo sozinho
Seguindo a triste jornada
Sem amor e sem carinho
Nesta vida amargurada
Vamo sempre caminhando
Para o fim da mesma estrada
Depois vem o esquecimento
Quem veio vorta do nada
O amor também se acaba
O tempo fala a verdade
E não tem mais juramento
Acabando a farsidade
E também morre a esperança
Onde termina a vaidade
Só fica a sombra da vida
Na triste cruz da saudade