Vim da cidade, me criei na estância
E na esperança de ser um peão
Deixei estudo pra seguir boiada
Cortando estrada no pingo alazão
E na garupa um pelego e capa
E na guaiaca trinta e oito bão
Pra corrigí um guasca arruaceiro
E os bandoleiro que invade o sertão
A tardezinha quando na pousada
A peãozada toma chimarrão
E o churrasco chega no tempero
Nosso gaitero toca um xote bão
De madrugada quando o galo canta
Recolho a manta que foi meu colchão
Com o berrante acordo a peãozada
Junto a boiada cortando estradão
Comprei a estância pra minha mãezinha
Pra china minha um pingo alazão
E foi a história de um gaúcho guapo
Hoje é um farrapo da recordação