Foi nascido no Rio Grande
e lá mesmo foi criado,
cavargando pelos pampa,
sempre alegre, atrás do gado.
Mas um dia resorvi
conhecer outros Estado.
E hoje eu vivo distante
do meu rincão adorado.
Arreei meu pingo amigo,
já vinha rompendo a aurora,
minha véia me abraçava:
Meu fio, não vá s'embora.
As gauchinha chorava.
- Vorte logo, sem demora.
Disse um adeus pro Rio Grande,
piquei o macho na espora
Tá fazendo muitos ano
que eu deixei o meu rincão.
Eu recordo das festança,
das noite de São João.
O rodeio nas estância,
o meu tempo de peão,
uma gaúcha marvada
que feriu meu coraçao.
Quero vortá pros meus pago,
quero vê meus conhecido
e pedir perdão pros véio,
que muito já tem sofrido.
Quero morrer na estância,
lugar onde fui nascido
quero rever minha terra,
o meu Rio Grande querido.
By: Luiz Fernando - Rib. Preto